[fanfic] My Maiden

por favor leiam e comentem.



No meio do lago das memórias uma pequena criança chorava. “Pai” chamava ela. Ninguém a podia ouvir, a solidão isolava-a como um lençol branco. A tristeza era evidente nos olhos da criança. “Tenho de sair daqui, alguém… ajudem-me!”


O dia estava calmo, Miriam acabava o seu novo quadro, uma rosa lilás que aparecera nos seus sonhos. Miriam adorava pintar o que sonhava, adorava sobretudo pintar flores. Olhando para a janela pensava no seu futuro. O que iria fazer? Pensava em varias coisas que poderia fazer. Enquanto estava perdida nos pensamentos o seu espelho soltou um brilho. Assustada fechou a porta do quarto. Estaria a imaginar? O que seria? Anoiteceu Miriam foi para cama pensando no estranho brilho. Deixou-se embalar pelo sono. Sonhou com algo estranho nessa noite. Estava num espaço branco. Movia-se com dificuldade, parecia estar a nadar em leite. No meio dessa brancura imaculada viu um brilho lilás. Parecia estar a desaparecer. Tentou aproximar-se viu um vulto no brilho um ser pequeno parecia estar adormecido. Ao seu lado apareceu um coelho branco de cartola com um elegante fato. “Está na hora jovem dama”. Miriam acordou sobressaltada. Durante várias noites sonhou com o estranho ser adormecido.

Contou á mãe o que sonhara durante a noite.
-querida talvez estejas a ver demasiados filmes.
-não mãe! Eu sonhei com um coelho ele parecia tão real.
-talvez seja um sinal. – Disse a avó sorrindo.
-céus mãe! Não diga essas coisas! – Replicou a mãe.
Miriam pensou no que disse a sua avó. Na noite seguinte sonhou a mesma coisa, voltou a acordar sobressaltada. Num entanto quando foi á cozinha beber algo para esquecer o seu sonho a sua avó apareceu.
-voltas-te a sonhar com o mesmo, querida? – Perguntou a avó delicadamente.
-sim avó. Não sei o que significa. Terei medo de coelhos?
-não querida! Talvez seja alguém a chamar por ti.
-chamar-me? Porque?
-talvez precise de ajuda… mas… aceitarás ajudar?

Miriam voltou para a cama. De repente o seu espelho brilhou de novo. Desta vez Miriam foi na sua direcção. Uma estranha corrente de ar percorreu o quarto de Miriam, os seus cabelos esvoaçavam ao sabor da corrente. Uma estranha figura apareceu no espelho. Era o coelho do sonho de Miriam.
-boa noite jovem dama. – Disse o coelho fazendo uma vénia.
“Impossível” pensou Miriam. O coelho estava no seu espelho, o coelho com que sonhara! Estava na sua frente a falar com ela.
-gostaria de lhe fazer uma proposta. – Dizia com voz doce.
-o que quer?
-gostaria de fazer contrato com uma Rozen Maiden?
-com quem? O que significa? E o que faz no meu espelho?
-Tudo será revelado no seu tempo. Aceita ou não?

Miriam pensou nas palavras da sua avó “talvez precise de ajuda… mas… aceitarás ajudar?” O que significava fazer um contrato com uma Rozen Maiden? O que era uma Rozen Maiden? Miriam pensou em várias possibilidades. Uma fada? Um demónio? Um animal místico? Uma alma perdida? Miriam estava assustada, o que seria? Os segundos pareciam horas!
-eu aceito! – Disse num impulso.
-muito bem venha comigo. – Disse o coelho. Estendeu a sua mão delicada com a luva branca.
Miriam entrou no espelho com o misterioso personagem. Entrara numa dimensão diferente de tudo o que já vira! Impressionante, um espaço cheio de portas. Portas brancas novas e velhas, portas partidas portas coloridas. Todas espelhadas por todo o lado. De mão dada com o coelho voava por entre as portas, admirando todas elas. Chegados a um pequeno lago suspenso no ar, o coelho largou Miriam.
-entre ali dentro jovem dama. – Apontou delicadamente para o lago.
-e depois o que faço?
-não sabe? Mostrei-lhe o caminho varias vezes durante dias!
-os meus sonhos?
-exactamente. Estava a mostrar-lhe exactamente onde esta o que procura. Agora apresse-se e vá buscar a sua Maiden.
-agradeço a gentileza. Mas não poderá acompanhar-me?
-isto é algo que deve fazer sozinha.
-certo. Já agora sou a Miriam.
-eu sei minha jovem.

Miriam olhava para o misterioso coelho. Olhou para o lago claro. Não conseguia ver o fundo, estava tão límpido que sentia-se mal por ter de mergulhar ali dentro, poderia sujar a água. Tocou com um dedo na água e esta iluminou-se. Encheu o peito de ar e mergulhou. Não se via nada. Tal como no seu sonho uma divisão branca onde não se podia ver nada. Tentou nadar mas o ar escapava, tentou voltar mas não se via a saída. Estava a perder o ar. Iria morrer ali?
Tentou aguentar o máximo que pode enquanto nadava. Avistou uma luz, a luz dos seus sonhos! Tentou chegar a ela. Era uma cristal belo lilás! O que faria ali? Dentro do cristal estava um vulto pequeno. Miriam tentou bater no cristal, como se batesse á porta de uma casa. A luz tornou-se mais forte. Quando deu por si estava a respirar normalmente. Olhava para o pequeno ser estava encolhido como se dormisse. Miriam não falou apenas contemplou o que vira. A boneca mais bela que alguma vez vira. Estava vestida com umas roupas delicadas nos seus cabelos estavam rosas de cristal, reparou que o seu olho esquerdo estava tapado por uma pala com uma linda rosa. Era linda pensava ela. Reparava em todas as suas feições. “Que bela!” pensava para si mesma. O brilho intensificou-se. A boneca abriu o seu olho. Fitou Miriam com uma frieza incalculável. Miriam recuou com medo.

-Quem esta aí? – Disse a boneca com ar ameaçador.
-Sou a Miriam, eu vim ajudar-te. – Olhou para ela seria. Tencionava tira-la dali a todo o custo.
-És a minha Médium?
- Médium? Não entendo.
-Nem sabes o que isso é? Em que estava a pensar aquele coelho.
-Não queres sair daqui? Eu posso ajudar. – Miriam aproximou-se e voltou a tocar no cristal.
Este partiu-se ao toque. A boneca estava livre avançou para Miriam e voltou a encara-la nos olhos. Ambas fitaram-se mutuamente, pareciam estar a analisar-se. Após a troca de olhares a boneca baixou a cabeça e sorriu.
-suponho que não tenho escolha. Se aceitas ser minha Médium beija o anel de rosa na tua mão esquerda.
-anel? – Miriam olhou para a sua mão, estava lá um belo anel com uma rosa. Este brilhava intensamente. Beijou o anel e este começou a ficar quente. A boneca elevou-se no ar. Brilhou com a mesma luz do anel. Tudo á sua volta era luz.
-muito bem a partir de agora estamos ligadas. – Disse a boneca que estava agora a desaparecer no brilho intenso.

Hey .. demorei para ler por falta de tempo mesmo ..

Adorei a narrativa .. a história ainda está bem "fria" pois não posso avaliar apenas no primeiro episódio não é mesmo ?
Mas promete ser bem interessante!

Parabéns..

Só uma OBS : "Olhava para o pequeno ser estava encolhido como"
Está faltando a conjunção integrante "que" >> Olhava para o pequeno ser que estava encolhido como[..]

opa! alguem leu!
obrigada Akemi-san

bom ela já esta bem adiantada mas vou postar a segunda parte.


Capitulo 2
Amanheceu, a luz entrava devagar no quarto de Miriam, vagarosa como se receasse tocar na mobília escura. Miriam estava no chão adormecida, á sua volta estavam pequenos cristais violeta que a poderiam ferir. Lentamente abriu os seus olhos. Estava cansada, parecia ter andado a correr a noite inteira. Mexera a mão esquerda que parecia estar quente, num entanto cortou-se num dos cristais. Levou o dedo á boca, reparou que tinha um belo anel de rosa que brilhava com uma linda cor violeta. “Mas o que é isto? Eu não sonhei?” Miriam estava incrédula, teria sido real? Teria ela mesmo feito um contracto com uma boneca?
O dia passou lentamente e Miriam estava sempre a olhar para o espelho á espera que algo acontecesse. Guardou os cristais numa caixa dourada, na esperança que a boneca voltasse para os ir buscar. Olhava para o espelho e chamava pelo misterioso coelho, mas nada resultou. Foi ate ao quarto da sua avo desabafar sobre a sua situação. Percorreu a casa lentamente na esperança de ver a misteriosa criatura, mas em vão. Bateu gentilmente á porta esperando a ordem da sua avo. Sentaram-se as duas na cama da avó, Miriam estava com receio do que a avo pudesse pensar…
-avó lembra-se do sonho com o coelho?
-sim meu anjo estavas com receio do que poderia acontecer.
-bom na verdade aconteceu algo.
-de verdade? O que aconteceu?
Miriam contou-lhe o sucedido, á medida que fala com a avó as expressões desta mudavam constantemente. Demonstrou várias emoções, como amor e medo, mas no final simplesmente abraçou a neta com força.
-queres voltar a vê-la?
-sim, quero. Nem sei o seu nome. Tudo o que resta são estes cristais
Miriam mostrou a sua caixinha com os cristais, aquela velha caixinha oferecida pelo seu avo. A mesma caixa que guardou tantos segredos, cartas de namorados, folhas de arvores, pétalas de flores… uma simples mas bela caixa que fora oferecida nos seus anos. A avo contemplava os cristais simples mas belos na sua maneira. Olhou para a neta que estava com um na mão, parecia estar a recordar algo.
-se a desejas ver chama por ela.
-como avo? Eu nem sei o seu nome.
-com o anel beija-o como fizeste na primeira vez e chama por ela.
Miriam levantou-se apertou o cristal nas suas mãos junto ao peito. Beijou o anel e chamou num sussurro “aparece por favor”. O espelho da avo iluminou-se um vulto apareceu, um ser pequeno e magnifico tal como Miriam a recordava. Saiu do espelho devagar como se saísse da água. Pousou suavemente no chão, a sua postura era magnifica apresentava suas vestes impecáveis e imaculadas. Levantou a cabeça e fitou Miriam com a mesma frieza nos olhos.
-o que queres? – Disse a boneca com uma voz fria mas meiga na sua maneira.
-quero saber o teu nome… - disse Miriam apertando mais o cristal.
-o meu nome é Barasuisho a primeira e única boneca de Enju.
A avo esta incrédula, olhava para a boneca com fascínio nunca antes visto. Olhava para ela e reparava no mais pequeno movimento que esta fizesse.
-porque me chamas-te? – Perguntou Miriam. Os seus olhares encontraram-se. Por algum motivo Miriam já não sentia medo.
-vão ser umas boas amigas. – Sorriu a avo.
Barasuisho fitou a velha senhora, fria como sempre num entanto não fez qualquer comentário. Apenas olhou para o seu sorriso e retribuiu num breve momento.
-queres ficar aqui? – Perguntou Miriam. Ajoelhou-se ao seu lado e fitou-a carinhosamente.
-tanto faz – disse olhando para o lado como se fugisse á questão.
-oh que bom a partir de agora tenho duas netas! – Abraçou ambas.
Olharam uma para a outra. O pior seria a sua mãe, como reagiria?